Agora a pouco fomos ao correio. Minha mulher tinha de colocar um sedex assinado, coisa assim, tinha de ir, de qualquer forma.
Tinha uma fila enorme, a maquininha de emitir senha tinha quebrado e voltou o velho sistema de fila.
Ela se dirigiu até o guiche de sedex e o funcionário pediu que ela se encaminhasse pra fila única. Quando ela disse que está grávida, o funcionário olhou pra barriga e deu aquela olhada do tipo - Isso não parece barriga de grávida.
Fiquei imaginando que esta fase da gravidez é tão complicada e no entanto é a menos visível. E o funcionário não tinha nada que pensar nada. Tá certo que devem ter várias pessoas que dizem estar grávidas, sem estar, para evitar fila, mas como ele não pode pedir uma comprovação, também não tem nada que duvidar.
Ele não falou nada, atendeu de forma cortez, mas seu olhar foi revelador.
Fico pensando que meu filho já está sendo avaliado pela média e como todo brasileiro - não político - sendo considerado culpado até que se prove o contrário. E olha que ainda faltam 8 meses pra ele nascer e quase 18 anos para ele poder votar !
Quem sabe até lá as pessoas serão avaliadas pelo que são e não pelo conjunto de pessoas.
Para isso as pessoas deverão se comportar pelo que são e não pelo que todo mundo faz.
A respeito disso, passei por duas situações onde pessoas se comportaram de maneira errada - Legalmente falando - e justificaram sua marginalidade com o argumento de que "isso todo mundo faz". Faz mas é errado e não devemos repetir erros. Repetir acertos é tão raro e todo mundo parece evitar.
Enquanto todo mundo errar porque todo mundo faz, todo mundo vai avaliar todo mundo, como todo mundo e nada vai andar.
Essa foi pra acabar.
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário